Descubra quais são os principais erros ao começar a investir e aprenda a construir uma relação mais consciente com o seu dinheiro.
Os erros ao começar a investir estão entre os principais motivos que fazem tantas pessoas desistirem logo nos primeiros passos do mundo financeiro. E isso acontece não por falta de vontade, mas por falta de orientação. Afinal, investir vai muito além de fazer o dinheiro render, é sobre consciência, propósito e escolhas que sustentam o futuro.
Muita gente entra nesse universo achando que é só “colocar o dinheiro pra trabalhar”, mas o que poucos falam é que investir é uma construção de consciência: sobre o seu perfil, sobre o impacto do seu dinheiro e sobre o tipo de mundo que você quer ajudar a financiar.
De acordo com a B3, em 2024 o total de investidores pessoa física (renda fixa mais renda variável) alcançou 19,4 milhões de CPFs ativos. Mas, esse crescimento rápido também trouxe um desafio: boa parte dessas pessoas começa sem orientação e acaba cometendo erros que comprometem seus resultados e, pior, sua confiança no processo.
No artigo de hoje, vamos falar sobre os principais erros ao começar a investir, o que está por trás deles e como evitá-los. Especialmente quando falamos de investimentos sustentáveis, justos e saudáveis, como os que o FINAPOP viabiliza junto às cooperativas da agricultura familiar e agroecologia.

Erros ao começar a investir
Antes de falarmos sobre cada um dos principais desafios, vale lembrar que errar no início não é sinônimo de fracasso e sim, parte do processo.
Assim como no campo, onde cada safra ensina algo novo sobre o solo e o tempo, o universo dos investimentos também exige aprendizado, paciência e observação.
O importante é transformar cada tropeço em um passo mais firme, entendendo que investir bem começa por investir com propósito. Acompanhe com a gente:
1. Ignorar o próprio perfil de investidor
Um dos erros mais comuns ao começar a investir é tentar copiar a estratégia de outra pessoa. O que funciona para um amigo ou influenciador pode não funcionar para você.
E essa falta de autoconhecimento financeiro é mais comum do que parece: segundo um estudo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 52% das pessoas consideram “pouco ou nada útil” o processo de verificação do próprio perfil de risco realizado por corretoras e bancos.
Isso significa que boa parte dos investidores ainda aplica recursos sem entender se aquele tipo de investimento faz sentido para seus objetivos e tolerância a risco.
Antes de investir é essencial compreender o seu perfil, se é conservador, moderado ou arrojado e mais do que isso, quais valores e causas quer apoiar. Porque a rentabilidade é importante, mas o propósito também rende.
Dica FINAPOP: além do retorno financeiro, pense no retorno social. Investimentos com propósito, como os do FINAPOP, unem segurança com impacto real na vida de famílias agricultoras.
2. Investir sem planejamento financeiro
Outro erro ao começar a investir é não ter um plano claro. Entrar em uma aplicação sem saber seus prazos, metas e possibilidades de liquidez é como plantar sem olhar a previsão do tempo.
Segundo o relatório de letramento financeiro do Banco Central, muitos brasileiros têm baixo nível de conhecimento financeiro. O índice médio é de 59,6 em escala de 0 a 100, o que sugere que grande parte da população ainda enfrenta dificuldades para montar um planejamento financeiro formal.
Investir deve ser parte de uma estratégia de vida, e não uma corrida de curto prazo. Planejar inclui:
- Definir objetivos (curto, médio e longo prazo);
- Montar uma reserva de emergência;
- Entender quando e por que vai precisar do dinheiro;
- E, principalmente, alinhar tudo isso ao seu propósito.
Assim como uma cooperativa planeja cada safra, um investidor consciente planeja cada etapa de sua jornada financeira.
3. Cair em promessas de ganhos rápidos
Se existe um erro clássico de quem está começando, é acreditar em promessas de lucros imediatos. No mundo dos investimentos, “milagre financeiro” é sinal de alerta, não de oportunidade.
Segundo dados do Procon-SP, as reclamações no estado cresceram 16% em 2024 no segmento financeiro. Há suspeitas recorrentes de golpes e fraudes ligados a cobranças indevidas ou contratos não reconhecidos por consumidores.
Investimento sólido exige tempo e constância. O que cresce rápido demais normalmente não tem raízes e sem raízes, não há sustentabilidade.
A mesma lógica vale para o campo: o plantio agroecológico, por exemplo, é mais lento, mas gera produtividade duradoura e solo fértil por décadas. O mesmo vale para o seu dinheiro: crescimento sustentável é aquele que respeita o tempo das coisas.
4. Esquecer da reserva de emergência
Muita gente se empolga e coloca tudo no primeiro investimento que aparece e quando surge uma despesa inesperada, precisa resgatar antes da hora. Resultado: prejuízo.
A regra de ouro é simples: antes de pensar em qualquer aplicação, monte sua reserva de emergência, equivalente a pelo menos 3 a 6 meses do seu custo de vida.
É o colchão que te protege para continuar investindo sem medo. E mais do que isso: te dá liberdade. Quando você tem segurança financeira, pode escolher investimentos mais conscientes, com impacto positivo e de longo prazo.
5. Investir sem olhar o impacto
Esse é o ponto onde a conversa sobre finanças encontra o propósito. Cada investimento é um voto de confiança em um modelo de mundo. Quando você aplica em empresas e projetos, está decidindo quais práticas está ajudando a sustentar.
E o que muita gente não percebe ao começar a investir é que é possível (e necessário) alinhar rentabilidade com impacto socioambiental.
De acordo com o relatório Global Sustainable Investment Review, já são mais de US$ 30,3 trilhões investidos globalmente em ativos sustentáveis. Isso mostra que o mundo está mudando: o lucro isolado já não basta.
No FINAPOP, cada investimento ajuda a fortalecer a agricultura familiar, apoiar a reforma agrária e impulsionar práticas de agroecologia que regeneram o planeta.
Ao investir com propósito, você não apenas cresce, você faz crescer.
6. Seguir modinhas e dicas sem checar as fontes
Outro erro frequente é deixar que as redes sociais definam a sua estratégia. De um lado, influenciadores que prometem independência financeira em tempo recorde; de outro, comunidades inteiras reproduzindo recomendações sem entender o contexto.
Uma pesquisa do Datafolha encomendada pelo C6 Bank revelou que 44% dos jovens brasileiros usam as redes sociais como principal fonte de informação sobre investimentos. Um dado que acende o alerta sobre o risco de decisões impulsivas baseadas em conteúdos superficiais
O problema é que as finanças não são receita de bolo e, muito menos, conteúdo viral. Como já citamos anteriormente, um investimento que serve para uma pessoa pode ser desastroso para outra.
Busque sempre fontes confiáveis, como o site da CVM, educadores financeiros certificados e, claro, iniciativas de impacto real como o FINAPOP, que conecta investidores e cooperativas de forma transparente e segura.
7. Pensar apenas no retorno financeiro
O último (e talvez mais importante) erro ao começar a investir é esquecer que dinheiro é meio, não fim.
Investir não precisa ser sobre “ganhar mais do que o outro”. Pode (e deve) ser sobre participar de algo maior, sobre gerar transformação.
Enquanto o mercado tradicional mede sucesso em porcentagens, o investimento com propósito mede também em vidas transformadas, solos recuperados, famílias fortalecidas.
De acordo com dados do Sistema OCB, há 1.179 cooperativas agropecuárias registradas, reunindo cerca de 2,3 milhões de cooperados
Cada real investido nelas se traduz em renda local, alimentos saudáveis e fortalecimento de territórios. É isso que torna o investimento com propósito um investimento sustentável, saudável e seguro, valores que estão no centro da atuação do FINAPOP.
E se você chegou até aqui, talvez já esteja se perguntando por onde começar, quanto investir, quais os primeiros passos e como fazer isso de forma segura.
Para te ajudar nesse início, reunimos abaixo algumas perguntas frequentes sobre os erros ao começar a investir, com respostas simples e diretas para quem quer começar da maneira certa.
Perguntas frequentes sobre os erros ao começar a investir
1. É possível começar a investir com pouco dinheiro?
Sim. Hoje, há plataformas que permitem começar com valores baixos. O importante é a constância e o entendimento de onde você está colocando seu dinheiro.
2. Qual o melhor investimento para iniciantes?
Depende do seu perfil e objetivo. Para começar, o ideal é priorizar segurança e liquidez, mas também buscar investimentos que façam sentido com o que você acredita, como os de impacto social e ambiental.
3. O que é investimento com propósito?
É aquele que busca retorno financeiro junto com impacto positivo, social e ambiental. É o que o FINAPOP faz: conecta pessoas investidoras a cooperativas da agricultura familiar e agroecologia.
4. Por que evitar investimentos “da moda”?
Porque eles tendem a gerar euforia e decisões impulsivas. Bons investimentos são consistentes, não passageiros.
5. O que diferencia o FINAPOP de outros investimentos?
Transparência, impacto e segurança. O FINAPOP é uma ponte entre quem quer investir com propósito e quem transforma o campo em território fértil para o futuro.
Investir é plantar e propósito é o adubo certo
Evitar os erros ao começar a investir é mais do que uma questão de técnica; é uma questão de visão. É entender que o dinheiro pode ser ferramenta de transformação quando colocado onde gera vida, e não apenas lucro.
Assim como a agroecologia transforma o solo e cuida da biodiversidade, investir com propósito transforma comunidades e fortalece a economia real, aquela que produz alimentos, sustenta famílias e respeita o planeta.
Conheça o FINAPOP e veja como seu investimento pode fortalecer cooperativas da agricultura familiar, impulsionar a reforma agrária e gerar resultados duradouros para você e para o planeta.
Gostou do conteúdo? Continue acompanhando o blog do FINAPOP. Nosso objetivo é sempre trazer temas que ampliem o conhecimento sobre finanças, agroecologia e investimento com propósito.
Aqui, acreditamos que entender o caminho do dinheiro é também entender o impacto que ele pode gerar no mundo. Siga com a gente nessa jornada por um futuro mais justo, saudável e sustentável e descubra novas formas de investir em quem cultiva o que realmente importa: a vida.


